Crônica
Ubiatá Meireles
Notas que tocam a alma
Hoje, 16 de abril de 2025, fui agraciado com um convite especial feito por um jovem promissor e talentoso músico: Salvador Davi. É claro que aceitei prontamente, e é a partir desse gesto que começa a história desta crônica.

Pontualmente às 18h30, adentrei a Capela São José das Laranjeiras, situada na Rua Oswaldo Cruz, no coração do Centro de São Luís do Maranhão, ao lado do antigo Colégio Marista. Estava prestes a vivenciar uma das mais sublimes experiências musicais da minha vida: o Réquiem de Gabriel Fauré (1845–1924), uma obra-prima do compositor francês que ecoa leveza, espiritualidade e transcendência.

Desde os primeiros acordes, fui envolvido por uma atmosfera de paz e contemplação profunda. Cada nota parecia acariciar a alma, conduzindo meus pensamentos a um lugar de serenidade quase mística. A música preenchia o espaço sagrado como se fosse feita de luz, tocando o coração dos presentes com sua beleza etérea.
Não posso deixar de homenagear os protagonistas dessa noite memorável, que emocionaram o público com uma performance impecável, retribuída com calorosos aplausos e elogios sinceros. O Coro Acadêmico da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), sob a direção musical de Ciro de Castro, proporcionou um espetáculo digno de registro.

Direção Musical: Ciro de Castro
Pianista: Christoph Küstner
Sopranos
- Estéfane Barros
- Vanessa França
- Imaíra Portela
- Thaynara Oliveira
Contraltos
- Monica Correa
- Emilie Audigier
Tenores
- Murilo Braga
- Qnyn Sousa
Baixos
- Davi Meireles (Salvador Davi)
- Plínio Fontinelle
- Bruno Vidigal
Foi uma noite inesquecível, em que a arte sacra se transfigurou em pura luz. Uma celebração da música, da espiritualidade e do talento que nos lembra da beleza que existe neste mundo – e além dele.