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ENTRE CONVICÇÕES E CAMINHOS ( Por Ubiatá Meireles)
Por Administrador
Publicado em 12/04/2025 19:11
Entretenimento

CRÔNICA

Entre convicções e caminhos.

Por Ubiatá Meireles

 

Ao longo da vida, desenvolvi a percepção, aprimorei os sentidos e me lancei na busca pelo conhecimento — algo que considero um dom de Deus. Desde menino, percebia em mim uma inquietude diferente. Não aceitava respostas prontas. Questionava, perguntava, desafiava ideias. Queria entender os porquês, as razões por trás de cada tentativa de me convencer.

Sempre tive a certeza de que há algo que me convence plenamente: o Espírito Santo de Deus. E duas coisas, em particular, sempre me fascinaram profundamente — o nascimento e a morte. Mistérios que marcam o início e o fim da nossa passagem, e que nos lembram da preciosidade do tempo e das escolhas.

Na adolescência, essa natureza questionadora se mostrou essencial. Eu morava em um bairro de São Luís onde o perigo era rotina — como se diz na gíria, um verdadeiro “terreno minado”. As tentações batiam à porta, disfarçadas de amizades e aventuras. As drogas, o crime, os atalhos. E se eu não tivesse contestado o que me ofereciam? E se tivesse aceitado o primeiro convite, calado a voz interior?

Mas da mesma forma que insistiam em me convencer, eu estava convicto em dizer não. E foi essa convicção que me salvou.

Hoje, ao olhar para trás, entendo com clareza: ninguém pode fazer essa escolha por nós. O caminho do bem ou do mal começa dentro da gente. Não é o bairro, nem as companhias, nem o mundo ao redor. Somos nós. A nossa convicção pode ser o escudo ou o atalho. A salvação ou a ruína.

No fim das contas, o livre-arbítrio é a maior prova de que Deus confia em nossa consciência. E é nela que devemos encontrar a força para escolher, todos os dias, o lado certo da vida.

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