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O HOMEM QUE FAZIA CHOVER (por Wellington Miranda)
Entretenimento
Publicado em 15/01/2025

O Homem que fazia chover

 

Mais um ano se passou, e a chuva finalmente já chegou... 

Parodiando o poeta, realmente as chuvas mais uma vez se apresentaram com seu cartão de visita, trazendo alegrias para uns e prejuízos para outros. Mas, bem ou mal, ela sempre será bem-vinda. 

Chuvas são a forma como a água retorna para a superfície terrestre na sua forma líquida, sendo, portanto, uma importante etapa do ciclo hidrológico. Elas são ocasionadas pela ascensão do ar quente na atmosfera, processo que dá origem a nuvens e precipitações. E em boa parte do país, esse período de chuvas, chamado de período úmido, dura em torno de seis meses. O problema, são o excesso dessas chuvas, que em determinadas regiões, têm uma incidência maior principalmente onde se predomina o clima tropical e equatorial, embora elas sejam geralmente rápidas, mas com ocorrência de trovões e relâmpagos. 

Podemos recordar que no ano passado teve a tragédia no Rio Grande do Sul, quando chuvas torrenciais, associadas a ciclones, levou a cheias históricas, causando destruição e muitas perdas de vidas. E esse tipo de tragédia é recorrente ao longo do tempo, em vários estados do Brasil.  O que se sabe é que a ação do homem no ambiente potencializa esse fenômeno - pela ocupação desordenada do espaço urbano e rural, pela eliminação da vegetação nativa e pela deposição irregular de resíduos sólidos. 

Muitas evidências cientificas corroboram com a tese de que essas mudanças climáticas são provocadas exclusivamente pelo homem, desempenhando um papel importante no aumento da frequência e intensidade dos chamados eventos extremos, como fortes ondas de calor ou de frio e episódios de chuva concentrada ou seca prolongada.

Quando, onde e quanto chove, está sofrendo profundas mudanças no mundo todo, não só no Brasil. Algumas regiões estão sofrendo enormes excessos de chuva e outras estão diminuindo a precipitação. 

Eu, como Homem e um apreciador das letras, fico imensamente extasiado quando chega esse período chuvoso. Minha sensibilidade fica inspirada a produzir e ler muita coisa boa. Como por exemplo, esse poema de Arnaldo Antunes “A chuva”.

 

A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. 

A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as praças. 

A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés.

 chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira.

A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela.

A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede.

A chuva anoiteceu a tarde. A chuva e seu brilho prateado...

...A chuva fez muitas poças. A chuva secou o sol. 

 

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