Preconceito velado
Separar, julgar, qualificar, são ações comuns em nosso dia a dia. Vivemos em uma sociedade onde o termo “preconceito” denomina boa parte de nossa população. E há casos em que esse preconceito é estampado e em outros em que ele se encontra mais oculto, estando ali, esperando somente uma oportunidade para se tornar explícito.
Qualquer um que pesquisar a palavra “preconceito” vai perceber que como o próprio nome diz, é um conceito formado antecipadamente. Antes mesmo de conhecer o objeto em questão. E nas relações sociais, ele também pode levar à discriminação e causar efeitos devastadores do ponto de vista social. É um tema que nunca vai sair de moda, infelizmente.
É comum, até involuntariamente, eu digo por que acontece também comigo, você exprimir uma opinião ou conceito formado sobre algo ou alguém antes de conhecer o que está sendo julgado naquele momento. Podemos aplicar o termo preconceito às mais diversas situações cotidianas, como por exemplo, àquela comida que você não experimentou e julga simplesmente pela aparência, até a situações mais problemáticas.
Esse preconceito acontece das mais variadas formas e pelos mais variados motivos: pode ter origem na cor da pele, na cidade de origem, na religião, na sexualidade ou na aparência física, enfim, em inúmeras situações em que se demonstra que em qualquer que seja a situação é uma forma de preconceito e consequentemente é prejudicial para o desenvolvimento de uma sociedade justa e igualitária.
Muitos não se assumem preconceituosos, mas constantemente, principalmente nas redes sociais, soltam frases que denotam discriminação - o que no final acaba constatando o preconceito involuntário ou não.
Quem sofre mais com isso são os negros, justamente por conta da herança da escravidão e da exploração de territórios habitados originalmente por suas populações nativas.
Nossa sociedade está sempre criando padrões estéticos e sociais, onde é impossível serem atingidos pela maior parte das pessoas. E isso vem desde os tempos mais remotos. E as pessoas consideradas marginalizadas sofrem também com isso porque ficam à margem da sociedade sem a devida oportunidade que são dadas a outros grupos de pessoas.
Enquanto para uns, esse tipo de atitude é apenas expressão de pensamento, para outros é uma prática que deveria ser abominada definitivamente. Gato preto não dá azar, pio de coruja não é sinônimo de mau agouro, corvos não indicam morte. Todas essas lendas indicam que nós humanos somos desprovidos de sensibilidade e compreensão daquilo que fomos concebidos biblicamente. Preconceito é ignorância. É doença da alma e precisa imediatamente ser curada.