Saudoso Rock in Rio
Existe um segredo para a criação de um festival de música? Não sei. Mas o fato é que no começo da década de 1980, o empresário Roberto Medina criou esse segredo, e com ele realizou um dos maiores festivais do mundo. E fez isso quando essa epopeia era quase impossível naquele momento em que o país vivia. Neste ano, o Brasil passava por um período de transição entre o regime militar e a democracia. Sem contar que a produção cultural da época, vivia uma fase de ostracismo. O Rock in Rio completa 40 anos de história ainda buscando pelas melhores experiências e por um festival cada vez mais democrático. Em 1985 foram dez dias de música e muita emoção na primeira Cidade do Rock. E de lá pra cá, muita coisa mudou na concepção do público – hoje mais heterogêneo e cada vez mais diversificado acompanhando as tendencias mercadológicas.
Há uma discussão na internet, claro, sobre as atrações que segundo alguns internautas fogem da essência em que foi criado esse festival. Até concordo, mas não podemos esquecer que isso, acima de tudo, é um evento mercadológico, e como tal, tem que trazer retorno financeiro para os parceiros investidores.
São outros tempos. As mudanças em todos os setores são inevitáveis. Algumas agradam, outras não. Mas é assim que a roda gira, e a tecnologia que existe hoje à disposição do cidadão faz com que se exponha facilmente seus comentários e julgamentos através do teclado de um celular.
É um dos maiores e mais conhecidos festivais de música do mundo e abrange uma variedade de estilos musicais. Ao longo das edições, o festival contou com apresentações renomadas mundialmente. Vai além das performances musicais e experiências aos participantes, como parques temáticos, espaços de entretenimento, áreas de alimentação e atividades interativas.
O festival também destaca seu compromisso com causas sociais e ambientais com inciativas sustentáveis e campanhas de conscientização e projetos sociais frequentemente integrados ao evento.
Perdendo a linha ou não em relação ao seu início há 40 anos atrás, o festival tornou-se uma referência no cenário musical mundial, atraindo milhões de espectadores ao longo de suas várias edições e contribuindo para a promoção da música local e do entretenimento.
O saudosismo existe e sempre vai existir em qualquer situação. No caso do Rock in Rio, fica uma marca maior por cota de apresentações épicas como a de Freddie Mercury, do Queen, no primeiro Rock in rio, que ficou tão impressionado com o entusiasmo do público que, durante a canção Love of my life, decidiu reger a plateia em uma cena que se tornou mítica na história do rock’n’roll. São histórias que ficam marcadas no imaginário popular, e que dificilmente serão repetidas.