Muitos anos de vida
São luís completou oficialmente no último dia 8, 412 anos de muita história cercada de lendas, uma rica cultura e belezas naturais. Esse oficialmente que me refiro, é porque segundo uma corrente de historiadores, nossa ilha querida tem uma outra data de nascimento, pois no dia 9 de janeiro de 1616 é considerado, por essa corrente, como o dia em que a cidade foi, de fato, fundada.
Na interpretação desses estudiosos, nessa data, após a expulsão dos franceses, Alexandre de Moura, no seu retorno a Portugal, entregou a Jerônimo de Albuquerque o traçado urbanístico de São Luís e o autorizou a assumir a gestão da cidade. Em 8 de setembro de 1612, Daniel De La Touche teria apenas declarado posse da ilha de São Luís, em nome da Coroa Francesa, contudo não tomou nenhuma iniciativa para a constituição de um vilarejo. O traçado recebido por Jerônimo de Albuquerque ainda é o mesmo de hoje, o que contribuiu para a cidade conquistar o título de Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.
Nossa bela capital maranhense, de tantas histórias ligadas à Europa, tem esse nome em homenagem ao então Rei da França, Luís XIII. E nessa ilha, que também se chama Upaon-Açu, há outras três cidades: Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar. E há apenas uma ponte em toda a ilha – Estreito dos Mosquitos – que a liga ao continente, que fica no quilômetro 25 da BR -135
São histórias pitorescas que nossa cidade possui, que são também recheadas de lendas e tendo o povo ludovicense uma linguagem marcada lexicalmente pela variedade linguística. O uso dessa linguagem é parte constituinte das relações em sua comunidade, como representação identitária e cultural. O maranhense, por exemplo, não fala “Não!”. Maranhense fala: nããã!
Nossa bela ilha, muitas vezes reverenciada por “Ilha do Amor”, é palco de mistérios e assombrações que remetem desde belezas naturais e figuras históricas. Desde criaturas míticas como a Serpente Encantada que vive debaixo da cidade, até a origem de belezas naturais como a Praia do Olho D’água – sem deixar de falar na figura política de grande influência no Maranhão no período colonial, Ana Jansen, que era conhecida pela sua crueldade com seus funcionários e escravos. Reza a lenda, que uma carruagem guiada por cavalos sem cabeça e conduzida por um escravo decapitado e ensanguentado ainda vaga pelas ruas de seus sobrados azulejados.
Lendas à parte, e independente da data exata, muitos anos de vida para a nossa ilha querida.