Dependência digital

O advento da tecnologia possibilitou o surgimento e a modernização de diversos dispositivos eletrônicos utilizados no cotidiano de milhares de pessoas pelo mundo todo. O principal deles, o celular, teve uma evolução assustadora, onde de início a função principal era simplesmente fazer e receber ligações e, ocasionalmente, mandar alguma mensagem. Se transformou em um dispositivo multifuncional com designer moderno e inovador. Já se tornaram, praticamente, uma extensão do corpo humano.

Atualmente, os smartfones nos auxiliam em diversas áreas do nosso dia a dia. Com poucos toques podemos realizar uma transação bancária, responder um e-mail do trabalho, ou falar com familiares e amigos mais distantes.

Usufruo dessa tecnologia também assim como você, que lê esse texto, encaminhado rapidamente via internet. Normal. Fica anormal quando essa necessidade passa a vira uma dependência.

Sempre destaquei em meus comentários nas redes sociais, ou em grupos de amigos, que essa tecnologia é necessária e bem - vinda. Mas, o que não podemos esquecer é que a internet tem o lado bom e ruim. Então, se temos a opção de escolha, eu escolho explorar o lado bom.

Com essa ferramenta à sua disposição, você pode abstrair o melhor dela em várias áreas e profissões: jornalismo, publicidade, direito, e muito mais, como indispensável para indivíduos que trabalham com conteúdo para as mídias sociais – os chamados influencers.

O problema é o seu uso desenfreado que pode causar consequências e, em muitos casos, o usuário pode se tornar refém do aparelho, desenvolvendo assim uma dependência. O uso sem freio desses recursos midiáticos contribui para potencializar uma dependência digital, que raras vezes é percebida pelo usuário.

Estresse, depressão, tristeza, falta de sono, dificuldade e se relacionar, faz com que essa condição se potencialize cada vez mais.

Usar o celular faz parte da nossa vida. Mas, o uso cada vez mais recorrente desse dispositivo eletrônico, seja por mero lazer ou para trabalho, tem se tornado algo indispensável e que, ficar sem esse aparelho, atrapalha em muitos casos o humor, a produtividade e a vida pessoal. E não são apenas as redes socias que causam essa dependência. Verificar e-mails ou chamadas perdidas são outros gatilhos que justificam ficar o tempo todo com o celular por perto.

Claro, que existe pessoas que não sigam essa rotina, e conseguem ficar desligadas do mundo digital, mas, infelizmente, para a maioria da população mundial, o cenário é outro.

Muitos estudos e discussões sobre o assunto já foram e continuam sendo colocados em pauta, mas penso que cada um tem que ter uma coincidência positiva sobre seu bem estar. Acredito que essa dependência pode ser reduzida, quando se acha algo mais prazeroso para fazer. Eu, por exemplo, me desligo do celular totalmente assistindo a um filme ou uma série em alguma plataforma de streaming.

A dependência digital é uma compulsão que vai além do simples fato de ficar o tempo inteiro com o celular na mão. É impressionante que existe pessoas que troca suas referências reais por digitais e, por isso, faz pouco caso da companhia de amigos e da família. Mais do que a proximidade dessas pessoas, a satisfação é de likes e comentários nas suas redes sociais, em uma sociedade que cada vez mais não lê, mas gosta de opinar.