A Páscoa do chocolate
Quando falamos em Páscoa, muitos associam a data a dias descanso, coelhinho e ovos de chocolate. Mas sabemos que o feriado vai muito além disso.
A Páscoa é uma das festividades mais importantes para o cristianismo, pois representa a ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus. A Páscoa significa renovação e a esperança. É o momento de reunir familiares e amigos para relembrar que Jesus morreu para nos mostrar o verdadeiro sentido da vida e o momento de lembrar e agradecer a Deus pela salvação e pelo amor de Jesus Cristo por todos nós.
De acordo com a Bíblia, Maria Madalena teria ido antes do amanhecer, até o sepulcro de Jesus de Nazaré, que havia sido crucificado na sexta-feira anterior. Era um domingo e o sol começava a irradiar seus primeiros raios. Ela teria levado material para ungir o corpo de Jesus. Porém, ao chegar no local da sepultura, teve uma surpresa. Havia uma abertura e o corpo não estava mais lá. A partir daí, esta versão foi ganhando fatos novos como o de que um coelho teria ficado preso no túmulo aberto na rocha. O animalzinho seria, então, o primeiro ser vivo a testemunhar a ressurreição de Jesus. Por isso teve o privilégio de anunciar a boa nova às crianças do mundo inteiro na manhã da Páscoa.
Hoje, a Páscoa é muito mais lembrada por seu sentido comercial. A ideia das figuras do coelho e do ovo se fizeram presentes neste contexto, e que ambos remetem à ideia de fertilidade, do nascimento.
Confeiteiros franceses, segundo consta, já no século XVIII, lançaram os primeiros ovos de chocolate, os quais hoje acabaram por usurpar o sentido da Páscoa, muito mais lembrada por tais guloseimas do que por seu sentido religioso entre as pessoas de modo geral. No século XIX, as cascas dos ovos passaram a ser feitas de chocolate também. E no seu interior foram colocados bombons de vários sabores. A ideia foi aprovada cem por cento pelos gulosos de plantão.
O chocolate como presente carrega um significado de amor, amizade e renovação, por isso sua presença na Páscoa se tornou tão marcante para várias culturas.
Temas como fertilidade e renascimento fazem dos ovos de chocolate, símbolos da Páscoa. Eles são a sensação da festa religiosa, marcada pela memória à paixão e ressurreição de Jesus Cristo.
O domingo de Páscoa, quando as famílias costumam se reunir e trocar ovos de chocolate, marca o dia da ressurreição. E as festas cristãs são muito ligadas à comensalidade, giram em torno da comida e da reunião familiar. Eu, por exemplo, nem por um decreto perco o almoço na casa de minha mãe nessa data. Seria uma insanidade deixar de degustar as iguarias, e o compartilhamento com meus familiares. Isso fortalece a família e os grupos sociais, por isso essa tradição continua firme e forte.
Os ovos são historicamente associados à fertilidade e ao surgimento de vida nova. Povos da antiguidade se presenteavam com ovos decorados, em celebrações de passagem de ano e de estações, marcando achegada de nova vida por meio das colheitas.
Assim como o ovo, o coelho, capaz de ter ninhadas com até 10 coelhinhos, de quatro a oito vezes por ano, é frequentemente associado à fertilidade.
O que temos que entender é que sem a Páscoa, isto é, sem a ressurreição de Cristo, a nossa fé não teria sentido prático. A morte de Cristo foi um sacrifício voluntário com o propósito de salvar a humanidade de seus pecados – e por meio desse sacrifício a humanidade ganhou uma nova chance.
Feliz Páscoa! Desejo que nesse dia haja a renovação da vida, da esperança e dos sonhos. Que seja recheada de amor, alegria, paz e claro, muito chocolate, e lembrem-se, “você nasce sem pedir, e morre sem querer! Aproveite o intervalo!