A logo mania
Estudos provam que usar roupas e acessórios de marca realmente mexe com o inconsciente alheio. E detalhe, a marca tem que estar à mostra. E, aqui só entre nós, o mundo trata melhor quem está bem vestido. Não porque roupas caras sejam bonitas ou estejam na moda, mas o logotipo e a grife é que faz a diferença. Ou seja, se você quer influenciar os outros, não basta se vestir bem, é preciso ostentar uma grife, deixando claro que a roupa foi cara e que você tem bastante dinheiro – ou pelo menos fingir que tem.
Gosto de me vestir bem. Se for de marca, melhor ainda. Mas, em primeiro lugar vem a qualidade do produto. E não foge muito disso, já que os melhores produtos têm um preço mais diferenciado. Mas o que eu quero dizer é que às vezes a marca não é tão conhecida, mas oferece qualidade e preço bom. E eu vou sempre nessa linha.
Há quem gaste até o que não tem para que determinados logotipos estejam destacados em peças e acessórios. Pode parecer um absurdo para alguns, mas não é difícil entender o motivo. E quero deixar bem claro aqui que isso não é uma regra, nem todos agem assim, o que há é uma tendência nesse sentido.
Marcas são ferramentas muito eficientes quando o objetivo é representar um estilo de vida. Assim como o carro que você dirige, o restaurante que você frequenta ou o perfume que você usa, roupas e acessórios emitem sinais (“haverá sinais”) que ajudam a comunicar quem somos e, principalmente, como queremos nos apresentar para o mundo. Logotipos são a referência visual mais imediata que temos de uma marca. E, em tempos de Instagram, os logos escandalosos são mais reconhecidos no passar dos dedos do que o design de qualidade de uma peça.
A mesma coisa quando falamos em marcas esportivas. Seus valores giram em torno de desempenho físico, mais do que de status. Principalmente nesse momento fitnes de academias, onde a pessoa caracterizada como tal, passa a ideia de uma vida mais esportiva, saudável, moderna, jovem e ativa.
O modo de se vestir faz parte da expressão pessoal de uma pessoa e revela sua personalidade, bem como estado de espírito, atitude, senso estético, intenções, além de comunicar cultura e hábitos de consumo.
Vestir roupas de marcas renomada faz com que elas se sintam especiais, confiantes e valorizadas. Essa influência não se resume apenas ao aspecto físico, mas também engloba a percepção que têm de si mesmas e a maneira como são vistas pelos outros. O iphone que o diga.
Infelizmente, a sociedade costuma julgar roupas, comportamento, caráter, como juízes indefectíveis que somos da vida alheia. Mas é um atrevimento nos outorgarmos o direito de reconhecer, apenas pelas aparências, quem sofre e quem está em paz. A sua felicidade não é do seu semelhante. Não se sabe nunca o que emociona intimamente uma pessoa. Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até comentar sobre nós, mas não capturar nossa imagem, só se permitimos.
Chique é ser do bem. É saber apreciar o que é simples e não se achar superior a ninguém. Prepotência e arrogância definitivamente não trazem glamour. Lembre-se sempre que a vida é como o jogo de xadrez: no final, peão e rei são guardados na mesma caixa. Caráter não depende de roupas de marca e nem de aparência, mas sim de atitudes.