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A nossa coluna cultural NA ROTA DO INDIVÍDUO, escrita pelo jornalista Wellington Miranda, desta vez trás o tema: Dedique uma canção ao pet que você ama.
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Publicado em 28/09/2023
 
 

A música e os animais de estimação têm uma relação muito próxima. Desde muito tempo, animais como cães, gatos, pássaros e peixes têm sido fontes de inspiração para muitos compositores. Sem contar que, muitos artistas possuem seus próprios pets que os acompanham em turnês e gravações pelo mundo, tornando-se parte de suas carreiras musicais.

Quem tem um animalzinho em casa sabe o quanto é necessário manter uma rotina intensa de cuidados e dedicação por serem companheiros leais, onde se pode contar para a vida toda. Eles são ótimas companhias e amigos muitos leais. E essa relação de amor incondicional entre o dono e seu pet já inspirou várias canções.

Ben, de Michael Jackson, por exemplo, foi escrita para o filme de 1972 do mesmo nome, e a canção é sobre um rato que é o personagem principal do longa. Foi o primeiro hit de sucesso de Michael Jackson como artista solo, aos 14 anos.

Os animais domésticos mais populares, como cães e gatos, ocupam um lugar de destaque nas produções musicais de alguns artistas muitos ligados aos seus companheiros de quatro patas. Posar com esses animais nas redes sociais é um novo hábito que se vê acontecer, mas é somente uma das maneiras de expressar o amor por esses animais de estimação. E a música com dedicatória também exacerba essa dedicação toda.

Delilah, do grupo Queen, foi composta por Freddie Mercury, ele que era conhecido admirador dos gatos. Ele tinha vários em sua casa em Londres, e Delilah, sua gata especial, ganhou uma música em 1981, que foi incluída no álbum “Innvendo”. Uma belíssima música, que mesmo a contragosto dos outros membros da banda, a insistência de seu vocalista deixou todos sem muita opção.

O tipo de relação com seu pet pode variar, mas há sempre um denominador comum a uni-las: o afeto. Muitos já destacaram sobre o cão ser o “melhor amigo do homem”, onde até o poeta Vinícius de Moraes, embora fazendo alusão a outro passatempo querido, completou: “O uísque é o cachorro engarrafado”.

E o gato não fica atrás. Mesmo esguio e menos sociável está sempre presente nas composições musicais independente do ritmo. Na Jovem Guarda passou a conotar o lamento dos amores desfeitos, através de expressões de afeto e do galanteio. “Gatinha Manhosa”, composta pela dupla Roberto Carlos e Erasmo Carlos, enveredou por um caminho mais sentimental usando de metáforas para abordar a relação com animais de estimação. Utilizam-se da visão do próprio animal, normalmente dolente, e vez ou outra através de um afago, e do sentido de galanteio que a expressão recebeu com o passar dos anos.

Podemos também citar “Rock da Cachorra”, de Léo Jaime - interpretada como se fosse, o que se entende perfeitamente, de Eduardo Dussek. Este que sempre foi mais compositor do que intérprete, há de se espantar que a música em questão tenha sido composta por outro, mas entregue com todo o direito ao pai adotivo.

Os pets são presença constantes em nossas vidas, onde muitas vezes se tornam membros da família. Eu mesmo tenho a presença constante aqui em casa de um gato muito afável, o Nino, que muitas vezes se torna arisco, e que já está conosco há mais de dez anos.

Essa relação desses pets com a música é muito forte, sem esquecer que os animais de estimação têm um papel importante na terapia musical - ajudando na recuperação de pacientes em hospitais, abrigos e programas direcionados a esse tipo de tratamento.  

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